sexta-feira, 22 de julho de 2011

Predestinação

"...Vou sair
Tá fazendo muito frio lá fora
Mas tô querendo me isolar
Sinto falta de estar contente
Eu quero a vida que eu vim buscar" - Nila Branco



Trilha sonora sugerida: Nossa música - Nila Branco

Tentei driblar a minha história, me esquivando da mesmice, peitando o destino e o desafiando.
Trilhei caminhos que não imaginei que pudessem existir.
Arranquei do fundo da minha alma a força que necessitava, fui honesta com meus sentimentos e com as pessoas. Não queria viver uma mentira, mas por vezes a verdade dói demais e acabei magoando muita gente.
Vivi plenamente o amor em todas as suas instâncias: prazer, cumplicidade, romantismo, saudade, querência, dependência, obstáculos, preconceito e, principalmente, renúncia.
Respirei o amor, me alimentei do amor, vivi do amor.
Foi uma amostra de como a vida pode ser bela, de como é ser feliz.
...
O mau tempo veio e com ele tudo começou a desmoronar. Atitudes frias, descaso, esquecimento, alheiamento. Gestos automáticos e palavras vazia. O silêncio.
O amor perdeu seu valor. O novo se transformou em rotina. As juras de amor, em pieguice.
O mundo gritava lá fora e saímos da clausura. Ficamos expostos e tudo voltou a ser como antes.
ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*ROTINA*
Novamente fui engolida por ela.
Sem mais palavras doces.
Sem mãos bobas.
Sem a perda de ar.
Sem respiração ofegante.
Sem coração acelerado.
Sem audição e visão parciais.
Só o mundo real. Cruel e avassalador.
Toc, toc, toc. Bateram à minha porta. O meu destino. Ele voltou.

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